sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pastel de Palmito de Jaca


Contribuição do amigo Daniel Ferreira da Ponte para melhorar o nível do nosso blog.


 
 
"A placa causou certa estranheza. Palmito de jaca? Nunca tinha ouvido falar. Passávamos por uma birosca próxima à entrada da trilha que leva à Cachoeira da Fumaça, a segunda maior do Brasil (cerca de 380 metros de queda d'água), na Chapada de Diamantina. Lá soube que não se trata exatamente de um "palmito": é só a jaca verde. A textura da polpa, antes de amadurecer, parece com a do palmito. Cozida (ou refogada?) e temperada, dá um belo recheio para o pastel. Acompanha bem coco gelado, caldo de cana ou, por que não?, uma das boas pingas artesanais da região. Comprei a Cachaça Brejão, cujo alambique, mínimo, visitei.
 
Ainda na Chapada de Diamantina, como esperado, encontrei muita carne de sol, carne de bode, farofa e pimenta (claro, estava na Bahia). E fui apresentado ainda a comidas típicas de lá mesmo, da época do garimpo, da febre dos diamantes. Godó de banana da terra, mamão verde e palma. Todos feitos com sal, servidos como guarnição. O godó é uma espécie de ensopado. A palma é uma cactácea suculenta, muito usada para alimentar o gado em tempos de estiagem; picada, leva tempero avinagrado ao refogar (chamam o prato de cortado de palma). O mamão verde, que na minha ignorância eu só conhecia em compota, lá também é picado e refogado."